Conteúdo de apoio para Avaliação Bimestral a ser aplicada aos alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Marçal de Souza Tupã-Y.
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Roma Antiga (Monarquia, República e Império)
"A herança
cultural deixada pelos romanos contribuiu para transformá-los no mais
importante e influente povo da civilização ocidental.
Alguns
fatores contribuíram para a ocupação da região:
- os aspectos físicos (Roma está localizada na Península Itálica)
- o solo fértil (facilitava a produção de alimentos)
- ausência de bons portos (isolando relativamente a região)
A Roma
Antiga conheceu 3 formas de governo: Monarquia, República e Império.
A forma
de governo adotada em Roma até o século VI a.C. foi a Monarquia. Os romanos acreditavam que o rei tinha
origem divina.
Esse
período foi marcado pela invasão de outros povos (etruscos)
que durante cerca de 100 anos, dominaram a cidade, impondo-lhe seus reis. Em
509 a.C., os romanos derrubaram o rei etrusco (Tarquínio - o Soberbo), e
fundaram uma República. No lugar do rei, elegeram dois magistrados para
governar.
A
decadência política, social e econômica, fez com que a plebe entrasse em
conflito com os patrícios, essa luta durou cerca de 200 anos. Apesar disso, os
romanos conseguiram conquistar quase toda a Península Itálica e logo em seguida
partiram para o Mediterrâneo.
Lutaram
mais de 100 anos contra Cartago nas chamadas Guerras Púnicas e
em seguida, ocuparam a Península Ibérica (conquista que levou mais de 200
anos), Gália e o Mediterrâneo Oriental.
Os
territórios ocupados foram transformados em províncias. Essas províncias
pagavam impostos ao governo de Roma (em sinal de submissão).
As
conquistas transformaram exército romano em um grupo imbatível.
A
comunidade militar era formada por:
- Cidadãos de Roma, dos territórios, das colônias e das tribos latinas que
também tinham cidadania romana
- Comunidades cujos membros não possuíam cidadania romana completa (não podiam
votar nem ser votados)
- Aliados autônomos (faziam tratados de aliança com Roma)
Além do
exército, as estradas construídas por toda a península itálica também
contribuíram para explicar as conquistas romanas.
Os
romanos desenvolveram armas e aperfeiçoaram também a técnica de montar
acampamentos e construir fortificações.
A
disciplina militar era severa e a punição consistia em espancamentos e
decapitações. Os soldados vencedores recebiam prêmios e honrarias e o general
era homenageado, enquanto que os perdedores eram decapitados nas prisões.
As
sucessivas conquistas provocaram, em Roma, grandes transformações sociais,
econômicas e políticas.
No plano
social, o desemprego aumentou por causa do aproveitamento dos prisioneiros de
guerra como escravos. A mão-de-obra escrava provocou a concentração das terras
nas mãos da aristocracia (provocando a ruína dos pequenos proprietários de
terras que foram forçados a migrar para as cidades).
Na
economia, surgiu uma nova camada de comerciantes e militares (homens novos
ou cavaleiros) que enriqueceram com as novas atividades surgidas com as
conquistas (cobrança de impostos, fornecimento de alimentos para o exército,
construção de pontes e estradas, etc).
Além
disso, sociedade romana também sofreu forte influência da cultura grega e helenística:
- A alimentação ganhou requintes orientais
- A roupa ganhou enfeites
- Homens e mulheres começaram a usar cosméticos
- Influência da religião grega
- Escravos vindos do oriente introduziram suas crenças e práticas religiosas
- Influência grega na arte e na arquitetura
- Escravos gregos eram chamados de pedagogos, pois ensinavam para as famílias
ricas a língua e a literatura grega
Essas
influências geraram graves conseqüências sobre a moral: multiplicou-se a
desunião entre casais e as famílias ricas evitavam ter muitos filhos.
Tais
transformações foram exploradas pelos grupos que lutavam pelo poder e esse fato
desencadeou uma série de lutas políticas. A sociedade romana dividiu-se em dois
partidos: o partido popular (formado pelos homens novos e desempregados)
e o partido aristocrático (formado pelos grandes proprietários rurais).
Essas lutas caracterizaram a fase de decadência da República Romana.
IMPÉRIO
Dois
nomes sobressaíram durante o Império Romano: Julio César e Augusto.
Após
vários conflitos, Julio César tornou-se ditador (com o apoio do Senado) e
apoiado pelo exército e pela plebe urbana, começou a acumular títulos
concedidos pelo Senado. Tornou-se Pontífice Máximo e passou a ser: Ditador
Perpétuo (podia reformar a Constituição), Censor vitalício (podia escolher
senadores) e Cônsul Vitalício, além de comandar o exército em Roma e nas
províncias.
Tantos
poderes lhe davam vários privilégios: sua estátua foi colocada nos templos e
ele passou a ser venerado como um deus (Júpiter Julius).
Com tanto
poder nas mãos, começou a realizar várias reformas e conquistou enorme apoio
popular.
- Acabou com as guerras civis
- Construiu obras publicas
- Reorganizou as finanças
- Obrigou proprietários a empregar homens livres
- Promoveu a fundação de colônias
- Reformou o calendário dando seu nome ao sétimo mês
- Introduziu o ano bissexto
- Estendeu cidadania romana aos habitantes das províncias
- Nomeava os governadores e os fiscalizava para evitar que espoliassem as
províncias
Em
compensação, os ricos (que se sentiram prejudicados) começaram a conspirar.
No dia 15
de março de 44 a.C., Julio César foi assassinado. Seu sucessor (Otávio),
recebeu o título de Augusto, que significava “Escolhido dos Deuses”. O governo
de Augusto marcou o início de um longo período de calma e prosperidade.
Principais
medidas tomadas por Augusto:
- Profissionalizou o exército
- Criou o correio
- Magistrados e senadores tiveram seus poderes reduzidos
- Criou o conselho do imperador (que se tornou mais importante que o senado)
- Criou novos cargos
- Os cidadãos começaram a ter direitos proporcionais aos seus bens. Surgiu
assim três ordens sociais: Senatorial (tinham privilégios políticos), Eqüestre
(podiam exercer alguns cargos públicos) e Inferior (não tinham nenhum direito).
- Encorajou a formação de famílias numerosas e a volta da população ao campo
- Mandou punir as mulheres adúlteras
- Estimulou o culto aos deuses tradicionais (Apolo, Vênus, César, etc)
- Combateu a introdução de práticas religiosas estrangeiras
- Passou a sustentar escritores e poetas sem recursos (Virgílio
autor de “Eneida”, Tito Lívio, Horácio)
Quando
chegou a hora de deixar um sucessor, Augusto nomeou Tibério (um de
seus principais colaboradores).
A
História Romana vivia o seu melhor período. A cidade de Roma tornou-se o centro
de um império que crescia e se estendia pela Europa,
Ásia
e África.
Após a
morte de Augusto, houve quatro dinastias de Imperadores:
Dinastia
Julio-Claudiana (14-68): Tibério executou os planos deixados por
Augusto. Porém, foi acusado da morte do general Germanicus e teve o povo e o
Senado contra ele. Sua morte (78 anos) foi comemorada nas ruas de Roma. Seus
sucessores foram Calígula (filho de Germanicus), Cláudio (tio de Calígula) e
Nero. Essa dinastia caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Senado e
os imperadores.
Dinastia dos Flávios
(69-96): neste período, os romanos dominaram a Palestina e houve a dispersão
(diáspora) do povo judeu.
Dinastia
dos Antoninos (96-192): marcou o apogeu do Império Romano. Dentre os
imperadores dessa dinastia, podemos citar: Marco Aurélio (que cultivava os
ideais de justiça e bondade) e Cômodo que por ser corrupto, acabou sendo
assassinado em uma das conspirações que enfrentou.
Dinastia
dos Severos (193-235): várias crises internas e pressões externas exercidas
pelos bárbaros (os povos que ficavam além das fronteiras) pronunciaram o fim do
Império Romano, a partir do século III da era cristã.
Alguns
fatores contribuíram para a crise do império: colapso do sistema escravista, a
diminuição da produção e fluxo comercial e a pressão dos povos que habitavam as
fronteiras do Império (bárbaros).
A partir
do ano 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados (que
tinham como principal objetivo combater as invasões).
Com a
ascensão de Diocleciano no poder, em 284, o Império foi dividido em dois:
Oriente (governado por ele mesmo) e Ocidente (governado por Maximiniano). Cada
um deles era ajudado por um imperador subalterno – o César. Diocleciano
acreditava que essa estrutura de poder (Tetrarquia) aumentava a eficiência do
Estado e facilitava a defesa do território.Diocleciano tomou várias medidas
para controlar a inflação.
Constantino
legalizou o cristianismo e fundou Constantinopla – para onde transferiu a sede
do governo, além de ter abolido o sistema de tetrarquia.
A partir
do século IV, uma grave crise econômica deixou o Império enfraquecido e sem
condições de proteger suas fronteiras, isso fez com que o território romano
fosse ameaçado pelos bárbaros que aos poucos invadiram e dominaram o Império
Romano do Ocidente formando vários reinos (Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões e Francos).
Em 476
(ano que é considerado pelos historiadores um marco divisório entre a
Antiguidade e a Idade Média), o Império Romano do Ocidente desintegrou-se
restando apenas o Império Romano do Oriente (com a capital situada em
Constantinopla é também conhecido como Império Bizantino – por ter sido construído
no lugar onde antes existia a colônia grega de Bizâncio), que ainda se manteve
até o ano de 1453 quando Constantinopla foi invadida e dominada pelos turcos.
Durante
toda a Idade Média, Roma manteve parte da sua antiga importância, mesmo com a
população reduzida. Era apenas uma modesta cidade quando foi eleita capital da
Itália em 1870.
A
civilização romana deixou para a cultura ocidental uma herança riquíssima.
- A legislação adotada hoje em vários países do mundo tem como inspiração o Direito criado pelos romanos
- Várias línguas (inclusive o português) derivaram do latim falado pelos
romanos
- Arquitetura
- Literatura"
Fonte:
http://www.infoescola.com/historia/roma-antiga-monarquia-republica-e-imperio/