segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O uso do Google Drive como ferramenta de trabalho na valorização do aluno/autor em construção de textos coletivos

Escola Municipal Bernardo Franco Baís
Prof. Douglas Alves da Silva
História
Turmas participantes: 8º Ano "A" e "B"



Busca-se com esse projeto:

1- Solucionar a problemática encontrada (Escola de trânsito);
2- Valorizar a autoria por parte dos alunos;
3- Uma nova forma de avaliar os alunos;
4- O bom uso das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de História.

Procedimentos

Os alunos foram orientados previamente a criarem uma conta do gmail.com;
Na sala introduz-se o conteúdo a ser trabalhado;
No Laboratório de Informática os alunos devem acessar sua conta no Gmail;
Com a auxílio do data show, demonstramos passo-a-passo as funcionalidades do uso do Google Drive aos alunos;
Após esse primeiro contato, cria-se o documento base e o compartilha com os alunos;
Os alunos exploram o documento  tiram suas dúvidas sobre as funcionalidades do Google Drive;
Após demais esclarecimentos os alunos podem editar o texto livremente, criando assim um texto colaborativo, esse também procedimento pode ser empregado em outras disciplinas eu busquem este tipo de avaliação.









sexta-feira, 26 de julho de 2013

Aula de 26/07, 02 e 09/08 - O Egito Antigo

As origens da civilização egípcia datam de 4.000 anos a.C. A população começou a se concentrar no vale do rio Nilo, formando as primeiras aldeias (nomos), que mais tarde evoluíram para prósperas cidades agrícolas e depois se uniram formando o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao norte). O Egito sempre dependeu do Nilo para sua formação e seu desenvolvimento. Seus habitantes travavam uma luta constante para controlar as inundações periódicas desse rio, graças ao qual obtinham também grandes colheitas. Por volta de 3200 a.C., o rei Menés (ou Narmer), do Alto Egito, conquistou as cidades do Baixo Egito, unificando todo o império. Floresceu então a cultura egípcia, que deixou como legado grandes invenções, como a moeda, o calendário agrícola, o arado, a escrita hieroglífica e a fabricação do papiro. Seu esplendor manifestou-se em gigantescos templos e pirâmides e revelou-se na filosofia, na arte e nas ciências.




O Rio Nilo

O Egito da Antigüidade dividia-se em duas terras: o Alto Egito, que corresponde ao sul do país, e Baixo Egito, a região do Delta do Nilo. Em cada porção o povo vivia de um modo distinto, até porque o clima entre norte e sul era diferente. Portanto, o tipo de produtos cultivados também diferia.

Ao logo da história egípcia, porém, o povo sempre falou a mesma língua, compar- tilhou uma mesma visão do mundo, uma mesma estrutura institucional, entre outras coisas. Eles cultivavam a idéia de superioridade perante outros povos e lutavam para manter seus costumes e valores.

A melhor explicação para a importância do rio Nilo para os egípcios está escrita no hino, desenvolvido por eles ainda na Antigüidade e também na célebre frase do filósofo e historiador grego Heródoto:
"Salve, ó Nilo! Ó tu que manifestaste sobre esta terra e vens em paz para dar vida ao Egito. Regas a terra em toda a parte, deus dos grãos, senhor dos peixes, criador do trigo, produtor da cevada... Ele traz as provisões deliciosas, cria todas as coisas boas, é o senhor das nutrições agradáveis e escolhidas. Ele produz a forragem para os animais, provê os sacrifícios para todos os deuses. Ele se apodera de dois países e os celeiros se enchem, os entrepostos regurgitam, os bens dos pobres se multiplicam; torna feliz cada um conforme seu desejo... Não se esculpem pedras nem estátuas em tua honra, nem se conhece o lugar onde ele está. Entretanto, governas como um rei cujos decretos estão estabelecidos pela terra inteira, por quem são bebidas as lágrimas de todos os olhos e que é pródigo de tuas bondades."
"O Egito é uma dádiva do Nilo."

Em síntese, pode-se dizer que a vida só se tornou possível nas terras do Egito por causa do grande rio Nilo. Anualmente, de junho a novembro, chovia nas nascentes deste, o que provocava inundações e o aumento do nível da água. Neste período as cheias arrastavam tudo que estivesse às margens e, consequentemente, impedia a agricultura.

No entanto, quando as águas voltavam ao nível normal, uma grossa camada de limo fertilizante (húmus) era deixada sobre a terra, propiciando o cultivo de todos os tipos de cereais, frutas e outras culturas. Desse modo, povos que antes foram nômades logo se fixaram no vale do Nilo, originando a próspera civilização egípcia


O Templo

Era uma construção monumental destinada ao culto dos deuses. Ali também prestavam-se homenagens aos faraós, destacando seu poder sobrenatural. Seu intuito era impressionar o povo e, assim, dominá-lo. Com suas muralhas, o templo separava o mundo celestial do mundo terreno, convertendo o faraó em intermediário entre o povo e os deuses. No templo, os valores religiosos e os administrativos eram unidos. Com o tempo, os sacerdotes adquiriram um grande destaque econômico e político.


Elementos Arquitetônicos

Nos templos egípcios havia um esquema básico sempre repetido: uma avenida externa de esfinges conduzia à porta principal. Depois desta, havia um grande pátio que dava acesso à sala hipostila. Vinha, então, a sala dos sacerdotes. Atrás de um segundo pátio localizava-se o santuário, onde ficava a imagem da divindade. A essa sala só tinham acesso o faraó e o sumo sacerdote. Uma muralha rodeava todo o conjunto, isolando-o do exterior.


Atividades

No templo, o faraó e os sacerdotes rendiam culto aos deuses. Para cuidar dos deuses, os sacerdotes varriam e lavavam o santuário. A imagem da divindade era retirada e a ela se ofereciam comida e roupas; depois disso, era recolocada no lugar. Além disso, o templo era uma grande unidade econômica: controlava a atividade econômica da cidade, mobilizando grande número de funcionários e outros trabalhadores. Em seu interior, havia escolas, oficinas e armazéns.


A Mumificação






A preocupação com a vida após a morte constitui característica essencial da cultura egípcia antiga, e refletiu-se na adoção de práticas funerárias bastante incomuns, como a mumificação - tida como a garantia da existência eterna. Conforme demonstram claramente muitos registros, os antigos egípcios sabiam que o corpo físico jamais iria renascer. Mas as partes etéreas que formavam um ser humano, como o Ká - comumente traduzido por “espírito” - precisavam se identificar por completo com o corpo ao qual pertenciam. Logo, este deveria ser preservado. A destruição do corpo acarretava a destruição das partes espirituais e, consequentemente, a perda da vida eterna. O costume foi relacionado ao culto do deus Osíris, a divindade mais popular nos tempos faraônicos, senhor do além-túmulo.

As múmias mais antigas datam do Período Pré-Dinastico, anterior a 3000 a.C.: tratam-se na verdade de corpos preservados naturalmente na areia quente e seca do deserto onde eram sepultados. A idéia de se conservar os corpos dos mortos passou a fazer parte das crenças religiosas, e então, já nas primeiras dinastias (2920-2649 a.C.) buscava-se um método artificial de preservação, porém ainda ineficaz. No Antigo Reino (2649-2152 a.C.) e no Médio Reino (2040-1783 a.C.) aprimoraram-se as técnicas. O processo mais avançado, resultando em melhor preservação, foi atingido no final do Novo Reino (1550-1070 a.C.) e durante a 21ª dinastia (1070-945 a.C.; início do chamado Terceiro Período Intermediário). A partir daí as técnicas se tornaram cada vez mais obsoletas, e no século II d.C. - já no período romano - a mumificação, embora ainda praticada, estava longe de apresentar os resultados de outrora. Nesse tempo o costume já começava a ser abandonado dado ao alastramento do Cristianismo - religião com propostas totalmente diferentes em relação à vida após a morte. Inicialmente a preservação era realizada apenas nos corpos de membros da realeza e classes mais elevadas, mas com o transcorrer da história egípcia a prática tornou-se muito mais popularizada. De qualquer forma, o processo exigia certos recursos que o limitavam aos mais abastados.

Embora a prática da mumificação fosse amplamente difundida, os antigos egípcios não deixaram relatos concretos sobre ela. Não foi encontrado até hoje nenhum papiro que trouxesse orientações sobre as várias etapas do processo - para muitos egiptólogos é improvável que algum seja encontrado, ou que tenha sequer existido. Os registros iconográficos também pouco revelam: cenas em algumas tumbas tratam somente dos enfaixamentos finais do corpo, tema de que também trata um texto conhecido por “Ritual do Embalsamamento”. Isso leva a crer que os egípcios consideravam-na muito sagrada para ser documentada - seja em escritos ou em representações. O conhecimento do processo era passado em vias de tradição oral. Existe, porém, o relato de Heródoto, viajante grego que esteve no Egito no ano 450 a.C. e descreveu como era feita a mumificação no Livro II de sua obra História. Na verdade Heródoto relatou o que sacerdotes lhe informaram, não tendo efetivamente testemunhado o que escreveu. Embora a prática já estivesse em decadência naquela época e alguns detalhes apresentarem-se errôneos ou incompletos, sua descrição tem sido uma das maiores fontes para o estudo da mumificação egípcia antiga.

Podemos considerar os embalsamadores, ou mumificadores, como sacerdotes-médicos. Além de detentores de amplos conhecimentos de anatomia, executavam também as cerimônias ritualísticas que deveriam acompanhar o tratamento do corpo, garantindo-lhe uma proteção espiritual. Essas cerimônias aconteciam em cada estágio do processo de mumificação. O principal sacerdote que dirigia os trabalhos de mumificação era chamado de hery-seshta, “chefe dos segredos”, e representava Anúbis, o deus-chacal da mumificação. Poderia usar uma máscara na forma da cabeça do referido animal, para assim salientar sua identificação com a divindade. Não devemos esquecer que, segundo as lendas, Anúbis mumificara o corpo de Osíris, fazendo-o ressurgir da morte. Sendo assim, a pessoa que ficasse sobre “os cuidados das mãos de Anúbis” receberia os mesmos cuidados que teriam sido dispensados a Osíris - por extensão, garantiria sua ressurreição.

O primeiro estágio da mumificação era realizado no ibu-en-wab, “tenda da purificação”. Depois o corpo era levado ao wabet, “casa da purificação”, também chamado de per-nefer, “casa da regeneração” - um recinto cercado, dentro do qual erguia-se uma tenda ou barraca, onde o corpo era deitado num suporte de madeira. Tanto o ibu-en-wab quanto o wabet eram estruturas móveis, facilmente montadas e desmontadas, feitas de madeira. Em geral eram fixadas no lado oeste do Nilo, onde se situavam a maioria das necrópoles nos tempos faraônicos. Parte do trabalho era feito ao ar livre, dado aos odores provenientes dos corpos em tratamento.

Processo demorado, durando cerca de 2 meses e meio, a mumificação envolvia dois procedimentos básicos: 1°) evisceração, ou retirada de órgãos - cérebro pelas narinas, vísceras por um corte no abdômen; estas últimas eram em seguida depositadas em vasos, chamados pelos egiptólogos de canópicos, que ficavam sob a proteção de divindades especiais. 2°) desidratação, ou retirada da umidade do corpo - nesse sentido, cobriam o cadáver com natrão, um composto de sódio, por pelo menos 40 dias, ao final dos quais só restavam pele, ossos e carnes endurecidas. Seguia-se, durando cerca de 2 semanas, o enfaixamento com bandagens de linho, entre as quais depositavam-se jóias e amuletos de proteção.

Interessante lembrar que a palavra múmia não é egípcia. Vem do persa ou árabe mummiah, que significa betume - substância a que se atribuíam poderes curativos. A aparência escura de certos corpos embalsamados do tempo dos faraós sugestionou aos árabes a errônea concepção de que os antigos egípcios usavam betume na preservação dos cadáveres. Sendo uma substância bastante procurada devido ao seu emprego medicinal, as múmias egípcias tornaram-se na Idade Média uma fonte segura de obtenção daquele produto, movimentando um precioso comércio, envolvendo Alexandria e o Cairo aos mercadores da Europa Ocidental que vinham em busca das famosas especiarias. Isso provocou incansáveis saques aos sepulcros dos tempos faraônicos. Corpos eram retirados das antigas tumbas e divididos em pequenos pedaços, embalados para a venda como medicamento. Seja como chá ou composta em pomada, acreditava-se na época que múmia curava uma infinidade de doenças! Em egípcio antigo, a palavra que designava um corpo preservado e envolvido em bandagens era wi. A mumificação era chamada de wet - enfaixar - ou então senefer - revigorar - termo esse que deixa claro um dos propósitos da prática.

Apesar dessa preocupação evidente com a preservação dos corpos, os antigos egípcios, ao contrário do que comumente se pensa, jamais foram obcecados pela idéia da morte e do além-túmulo. Amavam a vida terrena acima de tudo, e achavam que nada valia em troca dela. A morte era vista como uma passagem para a outra vida, onde se levaria uma existência semelhante à da terra. Era para esta nova existência que deveria ser feita uma cuidadosa preparação - incluindo a mumificação - o que permitiria à alma um desfrute pleno e eterno da felicidade que lhe aguardava no além.


A Sociedade Egípcia






No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. Nessa sociedade, a mulher tinha grande prestígio e autoridade.


O Faraó

No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porque ele era visto como pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio deus. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus. O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário do país inteiro. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais - tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía encargos para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança de sua felicidade.






 
Os Sacerdotes

Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também sábios do Egito, guardadores dos segredos das ciências e dos mistérios religiosos relacinados com seus inúmeros deuses.


A Nobreza

A nobreza era formada por parentes do faraó, altos funcionários e ricos senhos de terras


Os Escribas

Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida do Egito.






Os Artesãos e Comerciantes

Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobeza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Trabalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, etc. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.


Os Camponeses

Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo. As cheias do Nilo, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita, armazenamento dos grãos obrigavam os camponeses a trabahos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente rea feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviços também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito era essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebalhos. À custa da pobreza dos camponeses eram cultivados cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundância.


Os Escravos

Os escravos eram, na maioria, capturados entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo.

Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/o-egito-antigo.html

Aulas de 24 e 31/07 e 07/08 - 7º ano: A expansão marítima e comercial européia


Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Os objetivos
No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em absolutismo e mercantilismo).
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres. 
Planejamento das Navegações
Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.
Navegações portuguesas e os descobrimentos
No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.
Navegações Espanholas
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas. 
Fonte: http://www.suapesquisa.com/grandesnavegacoes

Aulas de 29/07, 05 e 12/08 - 9º ano: Guerra Fria


A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
 
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.
Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN
: Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.
Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
 
A divisão da Alemanha
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista.
"Cortina de Ferro"
Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).
Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 
Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

Aulas de 06 e 13/08 - 8º ano: Movimentos operários e as idéias socialistas e anarquistas



Com a aceleração da industrialização, a crescente concentração de capital e a formação de grandes monopólios no século XIX, diversos países europeus (como a Inglaterra, a França e a Alemanha) se destacaram com o fortalecimento de suas economias. A industrialização trouxe consigo a urbanização, as cidades não cheiravam mais a cavalo (decorrente da grande quantidade de charretes que circulavam nas cidades), mas, sim, à fumaça e óleo (com a introdução dos automóveis no final do século XIX). Assim, uma rápida e desorganizada urbanização se acentuou na Europa.
A partir da ascensão do sistema capitalista (industrialização, formação de mercados, bancos, comércios), ocorreu a ascensão de uma nova classe social: os operários, isto é, os trabalhadores das indústrias capitalistas. Consequentemente, surgiram as relações sociais entre donos das fábricas (exploradores) e trabalhadores das fábricas (explorados) que permearam o dia a dia das indústrias.
Dessas relações nem um pouco amistosas entre capitalistas e trabalhadores surgiram na Inglaterra dois movimentos, os ludistas e os cartistas, que tinham um objetivo em comum: encontrar soluções para os problemas enfrentados pelos operários, principalmente o desemprego (decorrente da introdução nas fábricas de máquinas que substituíram diversas forças de trabalho humana). Tanto ludistas quanto cartistas reivindicavam, através de ações (como a quebra de maquinarias das indústrias), o retorno ao emprego dos trabalhadores desempregados.
Outra forma de reivindicação operária que não surtiu tanto efeito foi a tentativa de alcançar melhores condições de trabalho solicitando-as ao governo. Geralmente o poder público não atendia a essas reivindicações, pois o próprio governo era dono de indústrias.
Com o decorrer das décadas, o capitalismo foi agregando novas feições, a sociedade passou por crescentes transformações e, assim, os operários necessitavam articular novas formas de lutar por suas causas. Dessa maneira, surgiram os movimentos socialistas, a partir da organização dos trabalhadores.
Os principais movimentos socialistas que surgiram no século XIX foram o anarquismo e o comunismo. Segundo as ideias anarquistas, os operários somente iriam melhorar as condições de vida se o Estado e todas as formas de poder fossem extintas. Daí, temos as seguintes observações, tanto o anarquismo quanto o comunismo pautavam suas metas em transformações sociais profundas, não solicitavam somente mudanças nas relações entre patrões e trabalhadores.
Os anarquistas acreditavam que toda forma de exploração dos seres humanos teria um fim a partir do momento em que a sociedade se organizasse sem autoridade, sem gestores, sem escola, sem polícia, ou seja, sem quaisquer outras instituições estatais.
Para os comunistas, a situação de exploração capitalista acabaria somente quando os operários assumissem o poder estatal, ou seja, o controle do Estado. A partir daí, então, criariam novos valores sociais para aumentar a qualidade de vida da sociedade, acabando, dessa maneira, com a exploração capitalista.
O movimento operário se consolidou e se organizou fundamentalmente no século XIX. A luta trabalhadora havia apenas começado.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/movimento-operario-no-seculo-xix.htm

Aulas de 23 e 30/07 - 8º ano: Movimentos Liberais e Nacionalistas

No começo do século XIX, a ação da Santa Aliança sobre os países se tornou mais forte e intensa,  muitas forças sociais de caráter oposicionista começaram a ir a luta, tudo com base nos ideais do liberalismo e do nacionalismo. De maneira mais prática e direta o liberalismo político se estabeleceu, no final do século XVIII, principalmente na França. Suas convicções eram baseadas na necessidade de um regime constitucional que desse maior segurança a liberdade de pensamento, de imprensa e de maior participação política.
Junto com o liberalismo, espalhava-se também o ideal nacionalista, que no começo tinha uma ideia de que o Estado tinha de ser independente, ou seja, livre de qualquer domínio ou interferência estrangeira. Com o passar do tempo e dos fatos, a população passou a valorizar e levar a sério os ideais nacionalistas. Como consequência este ideal passa a tomar forma de um sentimento que marcou profundamente as populações europeias. Isto fez com que as pessoas começassem a querer lutar pela unificação de seus países, para assim vê-los transformados em nações soberanas.
Claro que nem todos se agradaram dessa nova situação. Afinal a classe dominante viu seu poder ser ameaçado, pois a população passou a acordar para a política de seu país. Com isso o temor real  era o risco de perder o controle político sobre aquela camada social, que por tanto tempo se manteve sujeita a elite. A forte atuação de movimentos nacionalistas resultou em revoltas internas ocorridas com grande intensidade.  Isto gerou em vários Estados como a França, Alemanha e Itália, entre outros, um período de conflitos armados.
A Alemanha, em meados do século XIX, encontrava-se politicamente dividida em vários  reinos que faziam parte da chamada Confederação Germânica. Nesta Confederação havia dois estados que estavam em permanente disputa política pela conquista da supremacia sobre todos os outros: Prússia e Áustria. Esta  forte disputa entre estes dois reinos fez com que o processo de unificação alemã fosse palco de vários e intensos conflitos armados por todo o território da Confederação. O reino da Prússia tinha nas mãos um grande poder econômico, que obtido através da  industrialização. Na sociedade Prussiana predominava a aristocracia, eles eram de ideais monarquistas e nacionalistas.
Sua estratégia era baseada na força armada. Seu principal representante  foi Otto Von Bismarck.  Esta  conquista pelo poder era tão importante, que Bismarck  usou um  recurso muito sutil: implantou, na Confederação, uma imagem  bem negativa da Áustria, fato este que serviu para alimentar a raiva dos ducados que pertenciam aquele país, isto serviu para iniciar a Guerra Austro  Prussiana ocorrida em 1866. Com a Derrota, a Áustria foi excluída da Confederação Germânica e perdeu seus territórios. Os estados, que haviam ficado independentes, passaram a formar uma outra  organização: a Confederação da Alemanha do Norte. Mas nem todos os estados fizeram parte dessa Confederação. Somente com a Guerra Franco-Prussiana (França e Prússia) é que os estados restantes aderiram a confederação. Como a França foi derrotada seus territórios passaram a pertencer a Alemanha, que era governada por Guilherme I (Imperador Germânico), este fato tornou completa a unificação alemã.
 
No começo do século XIX, a Itália era constituída apenas por 8 estados. Estes estavam sob o controle direto ou indiretamente da Áustria. Em meados do século XX, a mentalidade da população Italiana passa por uma série de mudanças, isto devido as constantes lutas pela emancipação dos Estados.
Economicamente, a Itália do século XIX  tinha sua base  na agricultura e em pequenas manufaturas, o que tornava difícil o investimento de capital nas pequenas industrias. O mercado externo era de difícil acesso, por causa das elevadas taxas alfandegárias, impostas pelos países europeus dominantes. Para este mercado só foi possível o acesso  após a penetração dos Lombardo que entraram com o comércio da seda indiana, japonesa e chinesa. Aos poucos, os Lombardo passaram a ter dificuldades devido as barreiras impostas pelos austríacos em suas transações comerciais. Isto serviu de base para que houvesse maior  interesse pela unificação, pois com ela certamente viria o progresso técnico, o desenvolvimento e a liberdade econômica. esta situação favorecia os grandes comerciantes, porque isto aumentariam seus lucros com o comercio de exportação.
Algo influenciou a sociedade a aderir aos princípios do nacionalismo, foram os livros e revistas, que propagaram estes ideais na mente da população. Pois antes só a elite tinha acesso aos livros, mas depois com o aumento da popularização dos livros e revistas, a mente do povo passa a sofrer as influências culturais. Muitas das ideias eram publicadas em livros e revistas, onde grupos de ativistas republicanos mostravam os princípios do nacionalismo, facilitando assim sua propagação ela Itália. O objetivo era resgatar o passado nacional, coloca-lo em evidência ao maior número de pessoas, para que estas passem a ter mais consciência de sua história.
Após 1848, muitas regiões da Península Itálica passaram por períodos de revoltas. Todas elas tiveram relativo êxito, mas logo eram restabelecidos as dependências em relação a Áustria. Na Sicília, houve uma nova constituição, a luta contra o absolutismo que se propagou pela península.  Veneza e Gênova,  cidades que tinham interesse comercial na unificação italiana foram as que deram o exemplo em revoltas contra o domínio austríaco, isto serviu de  influência em várias regiões inclusive em Piemonte e na Sardenha, pois logo elas passaram aderir ao movimento de insurreição. Mazzini aproveitou-se deste momento e proclamou a Republica da Toscana, este evento atingiu  a cidade de Roma, mas lá ele  encontrou a resistência do Papa Pio IX. A medida que os fatos ocorriam o movimento de insurreição tomava formas novas e diferentes. O radicalismo popular começou a assustar a burguesia italiana, que resolveu “retirar seu apoio aos lideres populares”.
Internamente a Itália começou a conviver com dois grupos diferentes e totalmente opostos em seus objetivos, isto acabou por enfraquecer o movimento. Assim, no ano de 1849,com esses problemas internos foi fácil para a Áustria conseguir retomar suas antigas regiões. Além de Cavour, outro grande líder da unificação italiana foi Giuseppe Garibaldi. O movimento iniciou-se ao Sul da Itália, com o grupo de Guerrilheiros chamados Camisas Vermelhas. Somente após a guerra Austro-Prussiana (1866), em que a Áustria é derrotada, que é que Veneza passou a ser incorporada ao território da Itália. No conflito seguinte, entre a França e a Prússia, a cidade de Roma passou para os domínios dos Savóia.
O Papa Pio IX negou-se a reconhecer a autoridade do monarca e não aceitou as propostas de entendimento nem as garantias de independência do poder clerical. Esse desentendimento ficou conhecido como Questão Romana, que só conseguiu ser resolvida em 1929, através do Tratado de Latrão. Os problemas da Itália não foram totalmente resolvidos após a unificação. No  norte e no Sul ainda eram  enorme as diferenças em suas relações sociais, econômicas e até mesmo culturais. Uma região passou a ser mais desenvolvida do que a outra.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

E a Revolta dos Vinte Centavos...

                                                                   (foto: facebook.com)
O povo esta finalmente abrindo seus olhos para certas situações absurdas, PORÉM (e mais importante) um movimento como a "Revolta dos Vinte Centavos" que pode ser considerado legítimo, pode perder força por conta de alguns (infiltrados, provavelmente opositores do governo) que o querem desqualificar a massa que ora se aglomera para protestar, não contra o governo, mas contra a classe política; não contra a Copa, mas contra o descaso que seus representantes eleitos tem para com eles em áreas fundamentais como saúde, educação, segurança, cultura, etc. A mídia que se escondia, agora passa a comentar para desqualificar o governo (do qual nunca foi fã...) e o povo que se manifesta, repetindo, por conta de alguns... Os que agora se proclamam lideranças do movimento, acabam se colocando contra a presença de militantes partidários que historicamente sempre estiveram neste caminho de lutas a favor do povo, lembrando, como muitos colegas já colocaram neste espaço virtual, os algozes da famigerada Ditadura Militar brasileira que chegaram ao poder com o movimento golpista de 1964. Tudo muito conveniente... Essa é a minha opinião.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

07/06 - 6º ano B - Avaliação Mensal de História


A Revolução Neolítica (ou Revolução Agrícola) representou uma grande mudança no modo de vida do homem primitivo.



Novas ferramentas foram desenvolvidas, aldeias e cidades foram criadas e o homem deixou sua vida nômade pra trás, dando um verdadeiro salto tecnológico e social neste período.



A chegada do homem ao Continente Americano até pouco tempo gerava muitas polêmicas, principalmente quanto à umas datação de sua chegada, por onde teria chego, etc. Até que a arqueóloga Niéde Guidon mostrar dados consistentes de uma presença mais antiga, se acreditava que o sítio arqueológico com mais idade se localizava nos EUA. Porém, conforme estudos mais recentes e o fruto do trabalho daquela arqueóloga, o sítio arqueológico mais antigo das Américas esta localizado em Minas Gerais, no Brasil, abrindo-se então novos questionamentos sobre rotas de migração, entre outros.

Sabendo disso, acesse os links abaixo, leia os textos de apoio e respondas as questões deste formulário:





=> AVALIAÇÃO MENSAL DE HISTÓRIA <=

Links de apoio:

http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/revolucao-neolitica.htm

http://www.brasilescola.com/historia-da-america/ocupacao-continente-americano.htm

http://blogdoprofdouglas.blogspot.com.br/2011/05/6-ano-aula-de-1605-o-povoamento-da.html

http://blogdoprofdouglas.blogspot.com.br/2011/05/6-ano-aula-de-1605-o-povoamento-da_15.html



quarta-feira, 5 de junho de 2013

7º Ano - Aula de 05/06/2013 - Reforma Protestante e Contrarreforma



O séc. XVI ficou marcado por mudanças: novos territórios, formação dos Estados Nacionais e as reformas religiosas. A Reforma Protestante, conteúdo atualmente estudado por esta turma, ocorreu nesta época e ocasionou divisões dentro da Igreja Católica, com a introdução na Europa das primeiras reformas/religiões protestantes, a Luterana, a Calvinista e a Anglicana e a consequente Contrarreforma da Igreja Católica.

Sabendo disso, acesse os links abaixo, leia os textos de apoio e respondas as questões deste formulário:
  
=> AVALIAÇÃO MENSAL DE HISTÓRIA <=


Links de apoio:
REFORMA PROTESTANTE:

http://www.infoescola.com/historia/reforma-protestante/
http://www.suapesquisa.com/protestante/
http://www.mundovestibular.com.br/articles/575/1/A-REFORMA-PROTESTANTE/Paacutegina1.html

REFORMA LUTERANA:
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=228

REFORMA CALVINISTA:
http://www.brasilescola.com/historiag/ataques-igreja-calvinismo.htm

REFORMA ANGLICANA:
http://www.grupoescolar.com/materia/a_reforma_anglicana.html

REFORMA E CONTRARREFORMA:
http://fazendohistorianova.blogspot.com.br/2013/02/reforma-e-contrarreforma_25.html

segunda-feira, 3 de junho de 2013

8º Ano - 04/06 - Revolução Francesa


Pode se dizer que a Revolução Francesa teve relevante papel nas bases da sociedade de uma época, além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade contemporânea.
Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo, dentre eles, a nossa Inconfidência Mineira.
Esse movimento teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos comerciantes, camponeses (estes, tinham que pagar tributos à nobreza e ao clero).



Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).
Clero
  • Alto clero (bispos, abades e cônicos)
  • Baixo clero (sacerdotes pobres)
Nobreza
  • Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
  • Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
  • Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)
Povo
  • Camponeses
  • Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
  • Média burguesia (profissionais liberais)
  • Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
  • Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicos da nobreza.


O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e podiam exercer cargos públicos.
O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero.
A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.
Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como conseqüência, vários trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados elevados.
Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero e a nobreza.
Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o rei para convocar a Assembléia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos.
OBS: A Assembléia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo.
Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque as eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos objetivos do 3º estado, já que este vivia na miséria e o momento atual do país era de crise econômica, fome e desemprego.
Em maio de 1789, após a reunião da Assembléia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo.
A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual.
Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais.
Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembléia Nacional Constituinte.
O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como “A queda da Bastilha”.
O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram.
No dia 26 de agosto de 1789 a Assembléia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:
  • O respeito pela dignidade das pessoas
  • Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
  • Direito à propriedade individual
  • Direito de resistência à opressão política
  • Liberdade de pensamento e opinião
Em 1790, a Assembléia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado “Constituição Civil do Clero”. Porém, o Papa não aceitou essa determinação.
Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.
  1. Sair da França
  2. Lutar contra a revolução
Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à revolução.
Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembléia Constituinte.
Principais tópicos dessa constituição
  • Igualdade jurídica entre os indivíduos
  • Fim dos privilégios do clero e nobreza
  • Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)
  • Proibição de greves
  • Liberdade de crença
  • Separação do estado da Igreja
  • Nacionalização dos bens do clero
  • Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)


O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O objetivo dos contra-revolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia absoluta (veja Absolutismo na França).
Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contra-revolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido, capturado, preso e mantido sob vigilância.
Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da burguesia decidir proclamar a República (22 de setembro de 1792).
Com a proclamação, a Assembléia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França.
Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:
  • Girondinos: alta burguesia
  • Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.
  • Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.
Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras.
Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária).



Esse período ficou conhecido como “Terror”, ou “Grande Medo“, pois os não-jacobinos tinham medo de perder suas cabeças.
Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares.
Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras.
Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:
  • Direito ao voto
  • Direito de rebelião
  • Direito ao trabalho e a subsistência
  • Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.
Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuiram, os girondinos e o grupo da planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e guilhotinado em 1794.
Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os interesses da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu elaborar outra constituição para a França.
A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria controlado pelo Diretório (1795 – 1799). Neste período houve várias tentativas para controlar o descontentamento popular e afirmar o controle político da burguesia sobre o país.
Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando a situação.
Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou um golpe.
Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado. Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.
Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução

Por Cristiana Gomes (http://www.infoescola.com/historia/revolucao-francesa/)


segunda-feira, 1 de abril de 2013

8º ano - Iluminismo (vídeo)

Abaixo um vídeo do Novotelecurso sobre o iluminismo, conteúdo que será encerrado na aula de amanhã.

Clique no link abaixo para ser redirecionado...

http://www.youtube.com/watch?v=KxFTfuONi20

quarta-feira, 27 de março de 2013

9º ano - 1ª Guerra Mundial (aula de 1º de abril *não é mentira...)

Iniciaremos este 1º de abril com novo conteúdo: a 1ª Guerra Mundial, o grande conflito mundial que se arrastou de 1914 a 1918, levando o mundo a enfrentar um tipo totalmente novo de guerra, onde os países tiveram que escolher um lado para aquela que foi chamada por muitos anos de "A Guerra das Guerras" (até que ocorreu a 2ª Guerra Mundial, em grande parte, como conseqüência da 1ª...).
Assistam abaixo a vídeo-aula do Novo Telecurso retirada do youtube para se colocarem a par deste assunto.

Parte 01 de 02

Parte 02 de 02

terça-feira, 26 de março de 2013

7º ano - 27/03/13 - A Idade Média


Texto de apoio, retirado do site www.suapesquisa.com.br

"A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.




Estrutura Política: Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).


Sociedade Medieval: A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
Economia Medieval: A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.




Religião na Idade Média: Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.


Educação, cultura e arte medieval:
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.

As Cruzadas: No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

As Guerras Medievais: A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.


Peste Negra ou Peste Bubônica: Em meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.

Revoltas Camponesas: as Jacqueries - Após a Peste Negra, a população européia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para os camponeses."


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