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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
8º Ano: A fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil
Abaixo, uma resenha publicada em http://maniadehistoria.wordpress.com/a-fuga-da-familia-real-portuguesa/ do livro 1808 de Laurentino Gomes:
Os ingleses dão risada: na charge, "Boney", como apelidam Napoleão, puxa
a peruca de Junot por não ter conseguido impedir a fuga da família real
e chama o general de "seu grandessíssimo patife". (http://brasilribaltareal.blogspot.com.br/)
“Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”
1808 – Laurentino Gomes (A Fuga da Família Real para o Brasil)
Depois de uma exaustiva pesquisa em fontes as mais diversas
durante mais de 10 anos, Laurentino Gomes nos brinda com esta narração
definitiva sobre a fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil, sob a
escolta da Marinha Britânica.
Antecedentes
Portugal – uma das nações mais atrasadas da Europa em
inícios do século XIX – encontrava-se freqüentemente diante da
possibilidade concreta, estimulada e aconselhada por muitos a ter a sede
de seu governo transferida para o Brasil, colônia da qual se tornara
totalmente dependente. A cada crise no Continente Europeu a idéia se
renova, mas somente a partir dos ecos da Revolução Francesa, mais
particularmente em seu período Napoleônico, a idéia ganhou força e
premência. Com maior vigor a partir de 1801 a idéia freqüentemente era
cogitada. No entanto o Príncipe Regente D. João era fraco demais –
inclusive fisicamente – medroso demais e indeciso demais para adotar
medida de tão graves monta e repercussão.
Os monarcas “perdem a cabeça”
O Rei Jorge III, da Inglaterra, tinha ataques constantes de
demência, amplamente relatados: trazia ao colo uma almofada que
informava ser uma criança; criou uma “Nova Teoria da Santíssima
Trindade” incluindo a si mesmo e a um criado, além de Deus; passava por
vezes 3 dias sem dormir, tempo durante o qual passava a maior parte do
tempo falando sem parar – e poucos compreendiam bem o que exatamente
estava ele a dizer.
Em Portugal, D. Maria I, a Rainha Mãe, informava ver o
fantasma de seu pai com freqüência, ensangüentado e clamando vingança;
seus gritos – talvez a palavra “urros” expresse melhor o volume em que
se expressava durante os ataques de demência – eram tão lancinantes que
ela foi recolhida a um convento, declarada demente e seu segundo filho,
despreparado para assumir o trono, D. João, foi nomeado Príncipe
Regente.
Na França e em outros pontos da Europa reis e rainhas eram
decapitados. Como bem o enfatiza Laurentino Gomes, “era um tempo em que
os monarcas, literal e metaforicamente, perdiam a cabeça”
Decisão às pressas
Somente quando pressionado pelo avanço das tropas
napoleônicas do General Junot, em fins de 1807 e pressionado pela
Inglaterra, a decisão foi tomada de maneira tão apressada e atabalhoada
que muitos bens dos fugitivos para o Brasil ficaram empilhados no cais:
bagagem, livros da Real Biblioteca, prataria saqueada de igrejas, etc.
Além disso, as embarcações vieram todas apinhadas de gente, sem os
cuidados técnicos necessários a uma tão longa travessia (levaria cerca
de 3 meses para atravessar o Atlântico nas rústicas naus da época): pelo
menos dois navios sequer conseguiram zarpar e o suprimento dos que
zarparam no dia 29 de novembro de 1807 mal eram suficientes para 2 ou 3
semanas. Foi sem dúvida uma fuga apressada e decidida às pressas e, sem a
escolta britânica a prover quase tudo o que faltava, a viagem estaria
fadada a uma tragédia.
Napoleão Bonaparte – imbatível durante 2 décadas – Gênio Militar e uma Força da Natureza
Travessia conturbada e escala em Salvador
Enfrentando as saunas em que os navios selados da época se
transformavam nos Trópicos, com água e refeições racionadas, condições
sanitárias precaríssimas, a Corte e seus inúmeros lacaios e bajuladores –
de ministros a clérigos e oportunistas com suas numerosas famílias –
penou 3 meses de céu e mar. O escorbuto (falta de vitamina C) e outras
moléstias ceifaram vidas, uma infestação de piolhos obrigou a todos a
raspar a cabeça, uma tormenta provocou um desvio de rota que a muito
custo foi retificada – sempre com o apoio logístico da Marinha Britânica
– e finalmente, a 22 de janeiro de 1808 os navios aportaram em
Salvador.
Um fato curioso é que a princesa Carlota Joaquina, suas
filhas e damas da corte desembarcaram com uns turbantes rústicos
enrolados na cabeça para disfarçar a calva a que foram reduzidas pela
infestação de piolhos. As damas da sociedade soteropolitana consideraram
ser aquela uma moda européia e aderiram com tal entusiasmo que até hoje
as Baianas usam a indumentária…
A escala em Salvador proporcionou momentos de repouso após
viagem tão longa e penosa e, aconselhado pelos seus ministros, D. João
decidiu receber autoridades do Norte-Nordeste Brasileiro para as
esquisitas cerimônias de “beijão-mão”: filas de fidalgos esperando a vez
para oscular as extremidades dos braços do Príncipe Regente – uma
constante na vida de D. João, que exigia estas demonstrações de
fidelidade e submissão com regularidade enquanto governou. Era preciso
fortalecer os vínculos entre as províncias do Brasil colônia que, aos
poucos, viria a se transformar numa nação, sede do governo português no
exílio.
Um príncipe indeciso, medroso, fraco que, no entanto, enganou Napoleão…
A chegada ao Rio de Janeiro
No dia 7 de março de 1808 a esquadra de D. João chega à Baía
de Guanabara, mas o desembarque ocorre somente no dia seguinte. Os
puxa-sacos que sempre cercam esse tipo de acontecimento no Brasil
prepararam uma recepção retumbante, com muitos tiros de canhão, fogos de
artifício e festas populares para saudar “a chegada do primeiro monarca
Europeu a terras americanas”.
Portugal foi saqueada pelos fugitivos de Napoleão antes de
embarcar para o Brasil, mas mesmo assim os recursos eram insuficientes
para sustentar uma das maiores cortes que qualquer monarca da época
ousava manter em torno de si. Todos dependentes dos cofres
governamentais e sequiosos de um enriquecimento rápido por aqui para uma
volta a Portugal à primeira oportunidade.
Casas foram requisitadas pela coroa portuguesa que nelas
colava cartazes com as iniciais P.R. (casa requisitada pelo Príncipe
Regente) que a irreverência carioca rapidamente entendeu como “Ponha-se
na Rua!” Os impostos foram aumentados a níveis até então inusitados;
nada comparável aos 40% que os brasileiros pagam hoje para os
mensaleiros e sanguessugas e portadores de cartões corporativos de Lula
da Silva, mas uma taxação severa para a época e, tal qual hoje, todos
desconfiavam que os impostos não seriam empregados para o bem público e
sim para o benefício privado dos dependentes do governo.
Um príncipe frouxo e uma princesa irascível: uma união com tudo para jamais dar certo…
Medidas progressistas
Uma vez que a sede do governo português situava-se no Rio de
Janeiro, foram necessárias algumas medidas – muitas das quais adrede
acertadas com a Inglaterra pela “cortesia” da escolta – progressistas
para a época, como a Abertura dos Portos às Nações Amigas, decreto Régio
de 28 de janeiro de 2008. “Nações Amigas” eram basicamente Portugal e a
Inglaterra. Pelo acordo acertado com antecedência, o Brasil seria o
principal escoadouro do excedente comercial britânico e a Inglaterra
contava com benefícios alfandegários ainda superiores aos dos
portugueses. Em pouco tempo os cais brasileiros estavam atulhados de
coisa absolutamente inúteis para nosso clima tropical: patins para gelo,
aquecedores de colchões e outras bugigangas caríssimas que muitos
acabavam empregando em outras finalidades – um viajante da época informa
que percebeu uma maçaneta de uma casa modesta modelada a partir de um
patim para gelo, por exemplo…
Foi necessário ainda criar um órgão para cunhar a moeda que
circularia por aqui: o Banco do Brasil. Como foi criado na base do
compadrio e muita corrupção, teve vida efêmera. Em 1820 teve seus cofres
saqueados pela Família Real de volta para Portugal, faliu e acabou
sendo liquidado em 1829. Somente em 1835, já no governo de D. Pedro II o
Banco do Brasil foi recriado.
Hábitos esquisitos
Havia as esquisitíssimas e regulares cerimônias de beija-mão, acima relatadas.
D. João VI era gordo, flácido e devorador voraz de
franguinhos que trazia fritos e desossados nos bolsos de seus uniformes
sempre sujos e engordurados. Não conseguia caminhar a pé mais de alguns
metros sem sentir extrema fadiga e era, na mais completa acepção do
termo, um dos homens mais fracos que já governaram esta nação, mas,
surpreendentemente, logrou ser o único a enganar Napoleão Bonaparte e
realizou um governo medianamente satisfatório.
Uma vez encontrar-se já em situação de separação definitiva
de corpos da princesa Carlota Joaquina, o Autor Tobias Monteiro,
apontado por Gomes na obra hora em análise, informa que D. João mantinha
relações homossexuais “de conveniência”, particularmente com um de seus
camareiros, Francisco Rufino de Souza Lobato cuja função primordial era
masturbar o príncipe com regularidade, atividade pela qual Rufino foi
recompensado regiamente: recebeu títulos, pensões portentosas e
promoções sucessivas.
Numerosas salvas de canhão eram ordenadas a cada entrada de
navio na Baía de Guanabara. Um estadunidense surpreso comenta o quanto
os portugueses gostavam de gastar sua pólvora, a ponto de se ouvir o
troar dos canhões à entrada da Baía ao longo de todos os dias.
Sem esgoto sanitário o lixo era invariavelmente jogado às
ruas pelas janelas e, não raro, um passante recebia o “batismo” de
dejetos humanos. Classes mais abastadas contavam com escravos
encarregados de levar seus dejetos acumulados para despejar na Baía de
Guanabara. Ficavam conhecidos como “carijós” pois quando o ácido de
urina misturada com fezes caía sobre suas costas deixava em suas peles
negras algumas manchas brancas.
Imprensa
Enquanto a Europa se encaminhava a passos largos para a
ampliação dos Direitos da Pessoa Humana e do Cidadão, o Brasil recebia
um dos mais atrasados representantes do Antigo Regime…
Como a oposição ao governo era um crime gravíssimo, o único
jornal com alguns eivores críticos que, mais tarde, contudo, precisou
ceder ao governo português, era o Correio Braziliense, que Hipólito da
Costa editava em Londres.
Legado
Com todas as fraquezas, todo o medo e covardia, além de toda
a corrupção que cercou a fuga da Família Real para o Brasil, devemos o
princípio de nossa emancipação política (vulgarmente conhecida como
“Independência”) a este episódio, a esta travessia de 1808.
Através de brutais repressões e da concentração autocrática o
Brasil – ex-colônia portuguesa – manteve sua integridade territorial,
lingüística e, em alguns aspectos “cultural”, ao contrário do Império
Colonial Espanhol que se fragmentou em dezenas de Nações distintas.
Quando as cortes em Portugal, já livres de Napoleão
Bonaparte e de seus “protetores” ingleses exigiram a volta da Família
Real para o Continente além do juramento a uma constituição com alguns
lustros de republicanismo, D. João VI – já então na posição de Monarca
Português após o falecimento de D. Maria I, “a louca” – deixou o Brasil a
cargo de seu filho D. Pedro com a recomendação de, em caso de revolta
ou tentativas mais autonomizantes que o desejavam as cortes portuguesas,
D. Pedro tomasse a coroa “antes que algum aventureiro o fizesse”.
Assim, o Brasil simplesmente passou de pai para filho sem grandes
azedumes em 1822. Por incrível que pareça – se é que a palavra
“incrível” pode se aplicar a alguma situação no Brasil – os únicos
problemas armados envolvendo o episódio conhecido como “Independência”, o
7 de setembro de 1822, quando D. Pedro rompeu com as cortes
portuguesas, foram de alguns portugueses e brasileiros nativos que se
rebelaram contra a autonomia desejosos de continuar mamando nas tetas de
Portugal. Estes foram repelidos, novamente, com a ajuda de mercenários
ingleses contratados pois nossa Marinha estava ainda em projeto…
De mais a mais, como Portugal devia 2 milhões de libras
esterlinas à Inglaterra, para reconhecer a autoridade de D. Pedro I
sobre o Brasil a ex-metrópole exigiu o repasse da dívida para a nova
Nação Brasileira, dando o pontapé inicial em nossa interminável dívida
externa – que hoje Lula da Silva “internalizou”: em 2008 devemos mais de
1 Trilhão e 400 Bilhões de Reais “internamente” a empresas como o Grupo
Santander, o Citibank, a Monsanto – fabricante do desfolhante “Agente
Laranja” -, a IBM – fabricante das máquinas gravadoras de números nos
braços dos judeus nos campos de concentração nazistas -, a Ford, a
Chrysler… Nossa dívida foi deixando de ser considerada “externa” mas
avolumou-se de maneira descontrolada e nossos credores “brasileiros” têm
suas matrizes bem longe daqui. Como diz na paródia de nosso hino
(também conhecido como “ouvirundum ou “nó suíno”): “o sol da liberdade
em raios fugidios brilhou em outra pátria muito distante!”
1808 – Laurentino Gomes (A Fuga da Família Real para o Brasil)416 páginas – Ed. Planeta
Fonte: http://maniadehistoria.wordpress.com/a-fuga-da-familia-real-portuguesa/
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Projeto Educação Patrimonial: atividades realizadas no 3º Bimestre
Continuando a execução Projeto Educação Patrimonial 2012, que neste ano resgata as brincadeiras e os brinquedos de antigamente, no final do 2º Bimestre, introduzimos o assunto aos alunos das turmas de 7º ano da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, com pesquisa na internet sobre suas primeiras impressões sobre o tema (http://blogdoprofdouglas.blogspot.com.br/2012/06/projeto-educacao-patrimonial-2012.html).
No 3º Bimestre, aprofundamos o assunto em sala de aula, com mais pesquisas sobre a história dos brinquedos e das brincadeiras pesquisados. Encerramos essa fase, em parceria com a Prof.ª Maryelle (Educação Física), com uma aula diferenciada onde os alunos trouxeram brinquedos que se utilizavam antigamente e praticaram várias das brincadeiras pesquisadas, tais como: bolita, cinco-marias, bate-bate, bete, patins, skate, queimado, corda, elástico, entre outros.
Para o 4º Bimestre esta programada atividade em parceria com a Prof.ª Saara (Arte) e Prof.ª Franciele (Pré-escola). A atividade consistira em uma oficina de confecção de brinquedos artesanais por ocasião das comemorações do Dia das Crianças.
No 3º Bimestre, aprofundamos o assunto em sala de aula, com mais pesquisas sobre a história dos brinquedos e das brincadeiras pesquisados. Encerramos essa fase, em parceria com a Prof.ª Maryelle (Educação Física), com uma aula diferenciada onde os alunos trouxeram brinquedos que se utilizavam antigamente e praticaram várias das brincadeiras pesquisadas, tais como: bolita, cinco-marias, bate-bate, bete, patins, skate, queimado, corda, elástico, entre outros.
Alunas jogando "cinco-marias", feito artesanalmente por elas.
Alunos pulando corda.
Prof. Douglas, mostrando como que se bate corda...
Aluno jogando "peão".
Alunos brincando de "cabo-de-guerra".
Alunas brincando de "elástico".
Alunas brincando de "adoleta"
Prof.ª Cidinha (Orientação Escolar) relembrando um passado "próximo"...
Jogo de "bete".
Aluna brincando com o "bate-bate", brinquedo recentemente "ressuscitado" pelos vendedores ambulantes...
Para o 4º Bimestre esta programada atividade em parceria com a Prof.ª Saara (Arte) e Prof.ª Franciele (Pré-escola). A atividade consistira em uma oficina de confecção de brinquedos artesanais por ocasião das comemorações do Dia das Crianças.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
9º ano: Guerra Fria
A
Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra
Mundial, pois os Estados
Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e
militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na
economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e
falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia
a expansão do sistema
capitalista, baseado na economia de mercado, sistema
democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até
1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus
sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu
apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto
entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo
porque, estes dois países estavam
armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto
significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra.
Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo,
na Coréia e no Vietnã.
Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz
Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando
exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto
houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria
garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta
época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os
interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado
do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados
Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa
Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e
defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China,
Coréia
do Norte, Romênia, Alemanha Oriental,
Albânia, Tchecoslováquia e
Polônia.
Corrida
Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços
espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta
área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o
objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de
1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a
ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela
televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça
às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu
território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as
propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha
valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos
foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O
Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas
pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA,
como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no
planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes
perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras
estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente
impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos
os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os
funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
A
divisão da Alemanha
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação
entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital
em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A
República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou
sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida
entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra.
No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade
em duas partes : uma capitalista e outra socialista.
"Cortina
de Ferro"
Em
1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso
nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se
referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do
leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra
Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais
(democracia e liberdade, principalmente).
Plano
Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os
países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano
Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos,
para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial.
Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio
mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos
Indiretos
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi
palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista
ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em
todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar
dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina,
em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob
influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul
manteve o sistema capitalista.
Guerra
do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta
dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico,
tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos)
nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares
morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o
território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser
socialista.
Fim
da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas
acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989
cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da
década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a
acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas
econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se
enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e
militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos
países socialistas.
Links sobre o assunto: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2011/12/saiba-mais-sobre-o-periodo-da-guerra.html
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
7º ano: A África dos grandes reinos e impérios
Nas
escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua
civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo
alguns destes povos e suas principais características
culturais.
O
povo Bérbere
Os
bérberes eram povos nômades do deserto do
Saara. Este povo enfrentava as
tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este
território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais
como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras
preciosas etc.
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o
camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e
de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos
culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que
ocorreu no norte do continente.
Os
bantos
Este
povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos
eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de
povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que
dominava grande parte do noroeste do continente.
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido
como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as
tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um
exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os
habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que
influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Os
soninkés e o Império de Gana
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região
com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos
com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o
tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada
pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção
das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos,
as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas
terras da nobreza.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
8º ano: Movimentos operários e as idéias socialistas e anarquistas
Com a aceleração da
industrialização, a crescente concentração de capital e a formação de
grandes monopólios no século XIX, diversos países europeus (como a
Inglaterra, a França e a Alemanha) se destacaram com o fortalecimento de
suas economias. A industrialização trouxe consigo a urbanização, as cidades
não cheiravam mais a cavalo (decorrente da grande quantidade de
charretes que circulavam nas cidades), mas, sim, à fumaça e óleo (com a
introdução dos automóveis no final do século XIX). Assim, uma rápida e
desorganizada urbanização se acentuou na Europa.
A partir da ascensão do sistema capitalista (industrialização, formação de mercados, bancos,
comércios), ocorreu a ascensão de uma nova classe social: os operários,
isto é, os trabalhadores das indústrias capitalistas. Consequentemente,
surgiram as relações sociais entre donos das fábricas (exploradores) e
trabalhadores das fábricas (explorados) que permearam o dia a dia das
indústrias.
Dessas relações nem um pouco amistosas entre capitalistas e
trabalhadores surgiram na Inglaterra dois movimentos, os ludistas e os
cartistas, que tinham um objetivo em comum: encontrar soluções
para os problemas enfrentados pelos operários, principalmente o
desemprego (decorrente da introdução nas fábricas de máquinas que
substituíram diversas forças de trabalho humana). Tanto ludistas quanto
cartistas reivindicavam, através de ações (como a quebra de maquinarias
das indústrias), o retorno ao emprego dos trabalhadores desempregados.
Outra forma de reivindicação operária que não surtiu tanto efeito foi a
tentativa de alcançar melhores condições de trabalho solicitando-as ao
governo. Geralmente o poder público não atendia a essas reivindicações,
pois o próprio governo era dono de indústrias.
Com o decorrer das décadas, o capitalismo foi agregando novas feições, a
sociedade passou por crescentes transformações e, assim, os operários
necessitavam articular novas formas de lutar por suas causas. Dessa
maneira, surgiram os movimentos socialistas, a partir da organização dos
trabalhadores.
Os principais movimentos socialistas que surgiram no século XIX foram o
anarquismo e o comunismo. Segundo as ideias anarquistas, os operários
somente iriam melhorar as condições de vida se o Estado e todas as
formas de poder fossem extintas. Daí, temos as seguintes observações,
tanto o anarquismo quanto o comunismo pautavam suas metas em
transformações sociais profundas, não solicitavam somente mudanças nas
relações entre patrões e trabalhadores.
Os anarquistas acreditavam que toda forma de exploração dos seres
humanos teria um fim a partir do momento em que a sociedade se
organizasse sem autoridade, sem gestores, sem escola, sem polícia, ou
seja, sem quaisquer outras instituições estatais.
Para os comunistas, a situação de exploração capitalista acabaria
somente quando os operários assumissem o poder estatal, ou seja, o
controle do Estado. A partir daí, então, criariam novos valores sociais
para aumentar a qualidade de vida da sociedade, acabando, dessa maneira,
com a exploração capitalista.
O movimento operário se consolidou e se organizou fundamentalmente no século XIX. A luta trabalhadora havia apenas começado.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/movimento-operario-no-seculo-xix.htm
9º ano: 2ª Guerra Mundial
Segunda Guerra mundial
foi um dos motivos que gerou o surgimento na Europa na década de 1930,
governos totalitários com fortes objetivos militaristas e
expansionistas, onde na Alemanha surgiu o nazismo liderado por Hitler,
onde queria expandir o território alemão desrespeitando o Tratado de
Versalhes. Tanto a Itália quanto Alemanha e Japão possuíam fortes
desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas e
região, estes três países se uniram a um objetivo expansionistas e
formaram o Eixo, um acordo com fortes características militares e com
planos de conquistas
elaborados. O período de 1939 a 1941 foi marcado por grandes vitórias
do Eixo, e em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana
(Havaí), após essa traição pelos norte-americanos, os Estados Unidos
entram no conflito ao lado das força aliadas, foi daí que ocorreram as
derrotas do Eixo, com grandes perdas sofrida pelos alemães no rigoroso
inverno russo de 1941 a 1945 uma regressão das forças do Eixo que sofrem
derrotas seguidas, então o Brasil
participa diretamente enviado para a Itália (região de Monte Cassino),
FEB Força Expedicionária Brasileira com 25 mil soldados brasileiros que
conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos
Aliados.
O conflito terminou somente no ano de
1945, com a rendição da Alemanha, Itália e Japão que foi o último país a
assinar o tratado de rendição. O Japão ainda sofre um ataque das forças
áreas dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre Hiroshima
e Nagazaki, que provocou a morte de milhares de cidadãos inocentes, o
prejuízo foi grande dívidas incalculáveis, e o racismo esteve presente
deixado uma ferida grave principalmente na Alemanha onde nazistas
mataram aproximadamente seis milhões de judeus. Com o fim da segunda
Guerra Mundial em 1945 foi criado a ONU (Organização das Nações Unidas)
cujo o objetivo principal é manter a paz entre as nações.
Fonte: http://www.sabertudo.net/segunda-guerra-mundial-conflitos-e-causas-final-do-triste-conflito.html
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8º ano: Movimentos Liberais e Nacionalistas
No começo
do século XIX, a ação da Santa Aliança sobre os países se tornou
mais forte e intensa, muitas forças sociais de caráter
oposicionista começaram a ir a luta, tudo com base nos ideais do
liberalismo e do nacionalismo. De
maneira mais prática e direta o liberalismo político se
estabeleceu, no final do século XVIII, principalmente na França.
Suas convicções eram baseadas na necessidade de um regime
constitucional que desse maior segurança a liberdade de pensamento,
de imprensa e de maior participação política.
Junto com
o liberalismo, espalhava-se também o ideal nacionalista, que no
começo tinha uma ideia de que o Estado tinha de ser independente, ou
seja, livre de qualquer domínio ou interferência
estrangeira. Com o passar do tempo e dos fatos, a população
passou a valorizar e levar a sério os ideais nacionalistas. Como
consequência este ideal passa a tomar forma de um sentimento que
marcou profundamente as populações europeias. Isto fez com que as
pessoas começassem a querer lutar pela unificação de seus países,
para assim vê-los transformados em nações soberanas.
Claro que
nem todos se agradaram dessa nova situação. Afinal a classe
dominante viu seu poder ser ameaçado, pois a população passou a
acordar para a política de seu país. Com isso o temor real
era o risco de perder o controle político sobre aquela camada
social, que por tanto tempo se manteve sujeita a elite. A forte
atuação de movimentos nacionalistas resultou em revoltas internas
ocorridas com grande intensidade. Isto gerou em vários Estados
como a França, Alemanha e Itália, entre outros, um período de
conflitos armados.
A
Alemanha, em meados do século XIX, encontrava-se politicamente
dividida em vários reinos que faziam parte da chamada
Confederação Germânica. Nesta Confederação havia dois
estados que estavam em permanente disputa política pela conquista da
supremacia sobre todos os outros: Prússia e Áustria. Esta
forte disputa entre estes dois reinos fez com que o processo de
unificação alemã fosse palco de vários e intensos conflitos
armados por todo o território da Confederação. O reino da Prússia
tinha nas mãos um grande poder econômico, que obtido através da
industrialização. Na sociedade Prussiana predominava a
aristocracia, eles eram de ideais monarquistas e nacionalistas.
Sua
estratégia era baseada na força armada. Seu principal
representante foi Otto Von Bismarck. Esta conquista
pelo poder era tão importante, que Bismarck usou um
recurso muito sutil: implantou, na Confederação, uma imagem
bem negativa da Áustria, fato este que serviu para alimentar a raiva
dos ducados que pertenciam aquele país, isto serviu para iniciar a
Guerra Austro Prussiana ocorrida em 1866. Com
a Derrota, a Áustria foi excluída da Confederação Germânica e
perdeu seus territórios. Os estados, que haviam ficado
independentes, passaram a formar uma outra organização: a
Confederação da Alemanha do Norte. Mas nem todos
os estados fizeram parte dessa Confederação. Somente com a Guerra
Franco-Prussiana (França e Prússia) é que os estados
restantes aderiram a confederação. Como a França foi derrotada
seus territórios passaram a pertencer a Alemanha, que era governada
por Guilherme I (Imperador Germânico), este fato tornou completa a
unificação alemã.
No começo
do século XIX, a Itália era constituída apenas por 8 estados.
Estes estavam sob o controle direto ou indiretamente da Áustria. Em
meados do século XX, a mentalidade da população Italiana passa por
uma série de mudanças, isto devido as constantes lutas pela
emancipação dos Estados.
Economicamente,
a Itália do século XIX tinha sua base na agricultura e
em pequenas manufaturas, o que tornava difícil o investimento de
capital nas pequenas industrias. O mercado externo era de difícil
acesso, por causa das elevadas taxas alfandegárias, impostas pelos
países europeus dominantes. Para este mercado só foi possível o
acesso após a penetração dos Lombardo que entraram com o
comércio da seda indiana, japonesa e chinesa. Aos
poucos, os Lombardo passaram a ter dificuldades devido as barreiras
impostas pelos austríacos em suas transações comerciais. Isto
serviu de base para que houvesse maior interesse pela
unificação, pois com ela certamente viria o
progresso técnico, o desenvolvimento e a liberdade
econômica. esta situação favorecia os grandes comerciantes,
porque isto aumentariam seus lucros com o comercio de exportação.
Algo
influenciou a sociedade a aderir aos princípios do nacionalismo,
foram os livros e revistas, que propagaram estes ideais na mente da
população. Pois antes só a elite tinha acesso aos livros, mas
depois com o aumento da popularização dos livros e revistas, a
mente do povo passa a sofrer as influências culturais. Muitas das
ideias eram publicadas em livros e revistas, onde grupos de ativistas
republicanos mostravam os princípios do nacionalismo, facilitando
assim sua propagação ela Itália. O objetivo era resgatar o passado
nacional, coloca-lo em evidência ao maior número de pessoas, para
que estas passem a ter mais consciência de sua história.
Após
1848, muitas regiões da Península Itálica passaram por períodos
de revoltas. Todas elas tiveram relativo êxito, mas logo eram
restabelecidos as dependências em relação a Áustria. Na Sicília,
houve uma nova constituição, a luta contra o absolutismo que se
propagou pela península. Veneza e Gênova,
cidades que tinham interesse comercial na unificação italiana foram
as que deram o exemplo em revoltas contra o domínio austríaco, isto
serviu de influência em várias regiões inclusive em Piemonte
e na Sardenha, pois logo elas passaram aderir ao movimento de
insurreição. Mazzini aproveitou-se deste momento e proclamou a
Republica da Toscana, este evento atingiu a cidade de Roma, mas
lá ele encontrou a resistência do Papa Pio IX. A medida que
os fatos ocorriam o movimento de insurreição tomava formas novas e
diferentes. O radicalismo popular começou a assustar a burguesia
italiana, que resolveu “retirar seu apoio aos lideres populares”.
Internamente
a Itália começou a conviver com dois grupos diferentes e totalmente
opostos em seus objetivos, isto acabou por enfraquecer o movimento.
Assim, no ano de 1849,com esses problemas internos foi fácil para a
Áustria conseguir retomar suas antigas regiões. Além de Cavour,
outro grande líder da unificação italiana foi Giuseppe Garibaldi.
O movimento iniciou-se ao Sul da Itália, com o grupo de
Guerrilheiros chamados Camisas Vermelhas. Somente
após a guerra Austro-Prussiana (1866), em que a Áustria é
derrotada, que é que Veneza passou a ser incorporada ao território
da Itália. No conflito seguinte, entre a França e a Prússia, a
cidade de Roma passou para os domínios dos Savóia.
O Papa Pio IX negou-se a reconhecer a autoridade do monarca e não
aceitou as propostas de entendimento nem as garantias de
independência do poder clerical. Esse desentendimento ficou
conhecido como Questão Romana, que só conseguiu
ser resolvida em 1929, através do Tratado de Latrão. Os problemas
da Itália não foram totalmente resolvidos após a unificação. No
norte e no Sul ainda eram enorme as diferenças em suas
relações sociais, econômicas e até mesmo culturais. Uma região
passou a ser mais desenvolvida do que a outra.
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